A deusa da fortuna, do poder e da beleza é consorte de Vishnu, o
preservador. Quando aparece na companhia
dele, sua imagem tem apenas duas mãos, nas quais ela carrega uma flor de lótus,
padma, e uma concha, sanka.
Muitas vezes elefantes a acompanham, nela esguichando água. Sua cor
varia de acordo com o significado desejado:
- quando aparece azul-escura: lembra que é a consorte de Vishnu, que é
azul-escuro;
- quando surge dourada ou amarela: remete à idéia de que é a fonte de
toda riqueza;
- quando é representada branca: indica a pureza do universo;
- quando se apresenta rosa, seu aspecto mais comum: significa compaixão,
pois é a mãe de todos nós.
Nos templos dedicados a Lakshmi, ela é mostrada sentada em um trono
feito por um lótus, com quatro mãos – que indicam seu poder de conferir os
quatro purusarthas, ou propósitos da vida humana.
- dharma – propósito de vida, representado por flores de lótus em
variados estados de desabrochamento, assim como nós experimentamos diversos
estágios de evolução;
- artha – riqueza construída com o fruto de nosso trabalho, por
isso representada por uma fruta;
- kama – desejo
- moksha – liberação, é o lado mais espiritual da vida.
Representado por um bilva, fruto indiano que não é gostoso nem atraente,
mas muito bom para a saúde.
Quando aparece com 8 mãos, arco e flecha, machado e disco são
adicionados aos pertences de Lakshmi. Esse é o aspecto de Mahalakshmi, ou a
Grande Lakshmi, a guerreira.
Essa deusa se faz acompanhar por uma coruja, uluka em sânscrito – nome antigo de Indra. Como deusa da fortuna,
Lakshmi não poderia ter escolhido melhor
companhia do que o rei dos deuses, que personifica toda a riqueza, poder e
glória a que os seres humanos aspiram. Ao mesmo tempo, a imagem é uma advertência
para aqueles que desejam apenas fortuna material esquecendo-se da riqueza
espiritual: a glória de Indra é comparada à feiúra e deficiência visual da
coruja, pássaro parcialmente cego.
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