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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Férias!

Queridos alunos do Parque Ibirapuera,

Acabo de chegar da India  - lugar onde sempre me inspiro e recarrego minhas baterias. Levei cada um de vocês em meu coração. Pedi muitas bênçãos e fiz muitos rituais de fogo, de poder pensando em vocês.

Durante esses 10 meses, formamos um grupo coeso e homegêneo. Obrigada mesmo, a todos.
 
O Projeto Bem-Viver no Parque Ibirapuera entra em recesso a partir de agora. Vamos reavaliar e reanalisar com cuidado e muito amor para que em fevereiro do ano que vem possamos retornar com as aulas. Vocês serão informados, portanto continuem acessando nosso blog.

Gostaria de agradecer imensamente a presença de vocês, sobretudo aos alunos assíduos que prestigiaram o nosso projeto durante todo esse ano.

Meus profundos agradecimentos à Erika Hopfgartner que é a grande mentora e idealizadora desse proejto. Agradeço também à Madu Cabral, nossa amada Nandinha (Fernanda Aun) e á equipe de professoras que fizeram a diferença!
 
Coloco-me à disposição se vocês quiserem conversar comigo e manter contato. Terei imenso prazer também em responder á duvidas ou perguntas.
Adoraria ter vocês como alunos no YogaFlow Ciymam (com um excelente desconto) enquanto estamos de férias no parque. Os interessados devem mandar um email para contato@marciadeluca.com.

Feliz Natal meus queridos alunos e que em 2012 todos os seus desejos sejam realizados. Afinal, temos o poder de criar nossa própria realidade, lembram? Juntos, faremos a diferença para um dia melhor.

Márcia De Luca

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Recesso

Queridos;

Estaremos em recesso de final de ano nos próximos meses. Em breve, publicaremos nossa programação futura.

Namastê.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Automassagem da Coluna Vertebral

Texto originalmente publicado no Blog Yoga Pela Paz

Por Carolina Borghetti
Ao cumprir com nossas agendas diárias, acumulamos tensão muscular em diferentes partes do nosso corpo e nossa coluna vertebral é especialmente prejudicada. Desvios posturais e falta de tônus muscular sobrecarregam determinadas regiões com maior ou menor intensidade, dependendo do nosso biótipo.
O fortalecimento do core (musculaturas do assoalho pélvico, profunda do abdômen e eretores da coluna) é eficiente na prevenção de dores na coluna ocasionadas por desvios posturais. Muitas queixas de dores nas costas em consultórios médicos seriam resolvidas com uma boa dose de fortalecimento muscular e flexibilidade nas vértebras da coluna.
A sequência a seguir é uma automassagem para a coluna vertebral; ela será especialmente benéfica às pessoas que já tiverem a musculatura do core fortalecida, uma vez que a execução dos movimentos será mais fácil e efetiva; e as tensões acumuladas serão de menor intensidade.
Sente-se na borda da frente do mat, com os joelhos flexionados, as solas dos pés em contato com o solo e as mãos segurando os joelhos.
Faça rolos sobre a coluna, levando os pés para trás, deixando o corpo rolar no chão até que a cabeça toque o solo. Quanto mais força muscular, mais amplo será o movimento para trás, já que o fortalecimento muscular ajuda a trazer o corpo de volta à posição sentada. Tente voltar pela força do seu abdome, e não pelo impulso do movimento. Expire ao rolar para trás e inspire ao sentar-se novamente. Faça dez movimentos, no mínimo. Este movimento inicial, além de massagear a coluna, estimula a circulação sanguínea, aquece o corpo e o prepara para movimentar-se e depois relaxar com conforto.
Deite-se de costas, aproxime as coxas do abdome e abrace as pernas. Os rolinhos sobre a coluna agora acontecem nas laterais. Faça com que a cabeça acompanhe o movimento do tronco. Deixe o corpo cair para os dois lados. Mantenha tônus muscular e o controle do movimento, não deixe que o seu corpo tombe em direção ao solo. Expire ao direcionar o corpo para os lados. Inspire ao retornar ao centro. Faça com que toda a extensão das costas esteja em contato com o solo, para isso, empurre a parte inferior das costas ao chão, como se empurrasse o umbigo em direção às vértebras lombares. Faça dez movimentos para cada um dos lados.
Faça agora movimentos de aproximar e afastar as coxas do abdômen. Expire comprimindo as coxas. Este movimento massageia indiretamente os órgãos da região abdominal, estimulando a circulação sanguínea dos mesmos, e comprime as vértebras ao solo, aumentando o espaço intervertebral e alinhando a coluna por inteiro. Inspire afastando as coxas do abdômen e dando espaço para encher os pulmões de forma completa.
Segure os joelhos com as duas mãos. Faça movimentos circulares com os joelhos unidos, como se estivesse desenhando círculos no teto. Respire fluidamente durante o exercício. Faça cinco círculos em sentido horário e cinco no sentido anti-horário. Esse movimento dará ênfase na massagem da região lombar da coluna.
Finalmente, segure um joelho com cada mão. Faça círculos com os joelhos em sentidos opostos, os afastando e depois os aproximando em frente ao peito. Este movimento enfatiza o contato da região lombar da coluna ao solo além de lubrificar as articulações coxo-femorais. Faça cinco movimentos em um sentido, depois inverta e faça mais cinco no sentido oposto. Inspire ao afastar os joelhos nas laterais, expire ao aproximar os joelhos em frente ao peito.
Você sentirá um grande bem-estar ao final desta breve prática. Para potencializá-lo, reserve dez minutos para relaxar em savasana (postura do cadáver). Bom descanso.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Shiva - o destruidor


Entenda o arquétipo de Shiva, o destruidor do universo, tema da aula GRATUITA no Ibirapuera, terça, 25 de outubro

Shiva, o destruidor





Talvez hoje a mais antiga imagem venerada no mundo, segundo Joseph Campbell coloca no livro O Poder do Mito, Shiva é também conhecido como Nataraja, o deus da dança e do yoga, o dançarino cósmico, bem como o senhor das artes marciais e protetor dos animais. Sobretudo, Shiva é o deus da destruição – aquele que abre espaço para o novo. Toda criação será incinerada pelo calor abrasivo do fogo da renovação no momento em que este deus abrir seu terceiro olho, localizado entre as sobrancelhas.

Geralmente esse deus que completa a Tríade Hindu é representado como um lindo jovem. Sua iconografia é bastante rica:
- ele aparece coberto por cinzas da pira fúnebre, mostrando que é o senhor da destruição.
- no pescoço, tem pendurada uma guirlanda de cérebros (mundamala):  representa a revolução dos anjos e as sucessivas aparições e desaparecimentos da raça humana.

- na cabeça, leva o símbolo da lua crescente: demonstrando que o tempo é apenas um ornamento para ele. A lua representa o tempo porque os dias e meses estão ligados às suas fases.

- a coroa de cabelos trançados da qual flui o rio Ganges:  a água do rio representa Jñana, o conhecimento.

- as cobras venenosas: simbolizam a morte. Mas, para Shiva, são apenas  decoração. Só ele pode engolir o veneno de Halahala para salvar o mundo. Por isso ele é Mrytiunjay, o conquistador da morte. As serpentes representam também a energia básica – semelhante à energia sexual – de todos os seres.  Portanto, Shiva é o senhor da energia.

- pé levantado: simboliza a liberação. Ele dança sobre um demônio que representa a escuridão e o mal, estando portanto acima da ignorância. O  demônio Apasmarapurusa representa o ego a ser eliminado. 
- a pele de tigre: animal feroz, que devora sua presa sem compaixão, o tigre representa o desejo que consome os seres humanos, eternos insatisfeitos. Ao vestir a pele do tigre Shiva demonstra que matou o desejo, sobrepôs-se a ele. - a pele de elefante: como o elefante é um animal poderoso, usar sua pele implica que o deus subjugou completamente os impulsos animais.
- olhos e cabelo: o sol e a lua formam seus olhos e todo o céu, o vento soprando forma o seu cabelo. Por isso Shiva é chaamdo de Vyomakesa, aquele que tem o céu e o espaço como cabelo.

Shiva pode ser representado tendo de duas a 32 mãos. Alguns dos objetos mostrados em suas mãos são:

- trishula: o tridente, arma importante de ataque e defesa, indicando que Shiva é o senhor supremo. Filosoficamente representa os três gunas ou os três processos da criação, preservação e destruição. Aquele que carrega o tridente é o mestre dos gunas e dele são provenientes os processos cósmicos.
- damaru: o tambor que Shiva toca ao dançar. Produz sons sagrados conhecidos como Maheswarasutras. Representa a linguagem e o som. Ao segurá-lo em suas mãos, o deus demonstra que toda criação, incluindo as várias formas de artes e ciências, provêm dele e de sua dança.
- khatvanga: varinha mágica com um crânio na ponta, mostra que ele é um adepto das ciências ocultas.
- darpana: espelho, indica que toda criação nada mais é do que um reflexo de sua força cósmica.

Se Shiva representa o princípio da destruição, ao mesmo tempo ele também é responsável pela criação e existência – porque, no fim das contas, a trindade é apenas um. Brahma, Vishnu e Shiva são como que “estágios” de um mesmo ciclo infinito de criação, permanência e destruição que abre espaço para a nova criação.

A dança de Shiva Nataraja (nata significa bailarino e raja, real) tem esse significado de um processo contínuo. Segundo a lenda, ele dança todas as noites a fim de liberar o sofrimento de todas as criaturas e divertir os deuses, sendo por isso chamado também de Sabhapati,  o senhor da congregação. 

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Nadi Shodhana Pranayama

Conheça Nadi Shodhana, a técnica respiratória (pranayama) que será tema da próxima aula GRATUITA, no Parque Ibirapuera, sábado, 22 de outubro.
Veja um vídeo que ensina a técnica, publicado no blog Yoga Pela Paz.

domingo, 16 de outubro de 2011

Lakshmi, a Deusa da Fortuna


Nesta terça, 18 de outubro, aula GRATUITA sobre Lakshmi, a Deusa da Fortuna, no Parque Ibirapuera. Saiba mais sobre seu significado neste texto extraído do livro "Ayurveda, A Cultura de Bem-Viver, de Márcia De Luca e Lúcia Barros."



Lakshmi – a Deusa da fortuna





A deusa da fortuna, do poder e da beleza é consorte de Vishnu, o preservador.  Quando aparece na companhia dele, sua imagem tem apenas duas mãos, nas quais ela carrega uma flor de lótus, padma, e uma concha, sanka.

Muitas vezes elefantes a acompanham, nela esguichando água. Sua cor varia de acordo com o significado desejado:
- quando aparece azul-escura: lembra que é a consorte de Vishnu, que é azul-escuro;
- quando surge dourada ou amarela: remete à idéia de que é a fonte de toda riqueza;
- quando é representada branca: indica a pureza do universo;
- quando se apresenta rosa, seu aspecto mais comum: significa compaixão, pois é a mãe de todos nós.

Nos templos dedicados a Lakshmi, ela é mostrada sentada em um trono feito por um lótus, com quatro mãos – que indicam seu poder de conferir os quatro purusarthas, ou propósitos da vida humana.
- dharma – propósito de vida, representado por flores de lótus em variados estados de desabrochamento, assim como nós experimentamos diversos estágios de evolução;
- artha – riqueza construída com o fruto de nosso trabalho, por isso representada por uma fruta;
- kama – desejo
- moksha – liberação, é o lado mais espiritual da vida. Representado por um bilva, fruto indiano que não é gostoso nem atraente, mas muito bom para a saúde.

Quando aparece com 8 mãos, arco e flecha, machado e disco são adicionados aos pertences de Lakshmi. Esse é o aspecto de Mahalakshmi, ou a Grande Lakshmi, a guerreira.

Essa deusa se faz acompanhar por uma coruja, uluka em sânscrito – nome antigo de Indra. Como deusa da fortuna, Lakshmi  não poderia ter escolhido melhor companhia do que o rei dos deuses, que personifica toda a riqueza, poder e glória a que os seres humanos aspiram. Ao mesmo tempo, a imagem é uma advertência para aqueles que desejam apenas fortuna material esquecendo-se da riqueza espiritual: a glória de Indra é comparada à feiúra e deficiência visual da coruja, pássaro parcialmente cego.


quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Kundaliní, o Poder Serpentino e os Chacras


Neste sábado, dia 8 de outubro, o tema da aula é o poder do 4º chacra. Saiba mais neste texto publicado no blog do Yoga Pela Paz


Kundaliní, o Poder Serpentino e os Chacras
Por Pedro Kupfer (para o site www.yoga.pro.br)



O Yoga vê o homem como um reflexo do macrocosmos. A energia criadora que engendra o Universo manifesta-se no homem, que não está separado nem é diferente dela. O nome dessa energia é kundaliní. A nossa consciência individual é apenas uma das suas dimensões, pois energia e consciência não são coisas separadas. A ciência concorda com o Yoga em que o universo é um verdadeiro mar de energia. Eles diferem, entretanto, quanto ao significado dessa constatação. O Yoga diz que ela possui implicações pessoais profundas. Se a matéria é de fato vibração, então o corpo humano, que faz parte do mundo material, também está feito de energia. Consciência e energia estão intimamente ligadas, sendo dois aspectos da mesma realidade.O corpo humano não é apenas matéria inconsciente ou uma carcaça habitada por uma alma etérea, mas uma realidade vibratória animada pela mesma consciência que anima a própria mente. Por isso, deveríamos deixar de vê-lo como algo diferente do nosso ser "invisível". Pense no seu corpo como um receptáculo de energia cósmica, um aglomerado de átomos conscientes, construído à imagem do macrocosmos. A consciência vibra em cada uma das suas células, o prána está presente em todos seus tecidos. Quando corpo e mente se unem, a consciência do corpo sutil começa a revelar-se.O Yoga afirma: você é a própria existência. Toda divisão do tipo corpo-mente, carne-espírito etc. é pura especulação. A diversidade aparece dentro da Unidade, sem separar-se dela. A existência é uma continuidade que se estende desde o princípio da Consciência (Purusha) até o aspecto mais denso da matéria. O microcosmos reflete o macrocosmos: o infinitamente grande é igual ao infinitamente pequeno. É sabido que o homem utiliza menos de dez por cento da capacidade do seu cérebro. O Yoga é um caminho para desenvolver os outros noventa por cento e penetrar em dimensões desconhecidas do nosso ser.Kundaliní é a detentora da força, o suporte e o poder que move não apenas o indivíduo, mas também o Universo. Macrocosmicamente, ela é Shaktí,Prakriti, a manifestação do poder de Shiva. Na escala humana é a energia, o motor, a causa do movimento e da vida do indivíduo. O despertar dessa força conduz à iluminação. A kundaliní representa-se no homem como uma serpente adormecida, enrolada três vezes e meia em torno do shivalingam (o falo, símbolo do poder gerador masculino), obstruindo com a sua cabeça a entrada da sushumná nádí, o canal mais importante dos que veiculam os alentos vitais, situada na base da coluna vertebral, no chacra chamadomúládhára.O despertar da kundaliní produz um calor muito intenso. A sua ascensão através dos chacras, num processo sistemático e gradual, desenvolve poderes latentes. O processo consta de duas etapas: na primeira, o yogin procederá à saturação prânica do organismo através dos exercícios, a segunda é o despertar em si. A técnica consiste em concentrar o prána emidá e pingalá nádí, levando essa energia para o múládhára chacra. O iogue faz com que o prána chegue até onde reside a kundaliní, cessando esta então de circular pelas duas nádís e concentrando-se na entrada da sushumná, que está bloqueada pelo primeiro nó, o brahmagranthi.Transposto este obstáculo, acontece o despertar e desenvolvem-se os fenômenos subsequentes: ascensão pela sushumná nádí, penetração e ativação dos centros de força e samádhi, que acontece quando a serpente chega ao sétimo chacra, chamado sahásrara, no alto da cabeça: "Um clarão intensamente abrasador brota no corpo. Kundaliní adormecida, aquecida por esse abrasamento, desperta. Tal como uma serpente tocada por uma vara, ela levanta-se sibilando; como se entrasse em sua toca, introduz-se nabrahmanádí (sushumná)." Hatha Yoga Pradípika, III:67-6.Os chacras são os centros de captação, armazenamento e distribuição de energia no corpo. Literalmente, chacra significa roda, disco ou círculo. Também recebem o nome de padmas ou lótus. Existem milhares de centros de força distribuídos pelo corpo todo, porém, para efeito da prática, nos ocuparemos apenas dos sete principais, que se encontram ao longo da coluna vertebral e na cabeça. Eles são: múládháraswádhisthánamanipura,anáhatavishuddhaájña e sahásrara chacra. Estão unidos entre si pelasnádís, os canais de circulação da energia, como se fossem pérolas de um colar.A aparência desses chacras é circular, brilhante, como pequenos CDs, de quatro ou cinco dedos de largura, que giram vertiginosamente. O elemento que corresponde a cada chacra determina a sua cor. Cada um tem um bíja mantra, isto é, um som semente, ao qual responde quando é devidamente estimulado. Representam-se com um número definido de pétalas, sobre as quais aparecem inscritos fonemas do alfabeto sânscrito, os bíjas menores, que simbolizam as manifestações sonoras do tipo de energia de cada chacra. Dessa forma, cada fonema estimula uma pétala definida de um chacra. Esse é o motivo pelo qual o sânscrito é considerado língua sagrada: o seu potencial vibratório produz efeitos em todos os níveis.Cada chacra tem igualmente uma deidade e uma shaktí, com diferentes nomes, atributos, emblemas etc. Isto não significa que no corpo sutil existam pequenas imagens de deusas e deuses cheios de braços e cabeças, e armados até os dentes, assim como não há neles diagramas geométricos ou animais imaginários. São símbolos das propensões e latências samskáricasassociadas a cada centro. Esses símbolos falam diretamente à mente subconsciente. Não precisam ser "interpretados". A única coisa a fazer é observar-se frente a eles, e às emoções que despertam.Quando você visualiza, por exemplo, uma shaktí carregando uma caveira cheia de sangue ou uma espada na mão, deve prestar atenção à reação que essa imagem provoca na sua consciência. Isso tem por objetivo detectar seus condicionamentos, para poder trabalhar sobre eles. Preste muita atenção a esses detalhes. Observe-se atentamente o tempo todo, porém, com mais cuidado ainda enquanto acompanha a construção mental dessa parte dos chacras. Compare essas vivências e seus resultados, e veja como elas mudam de chacra para chacra. Se em algum momento você percebe que um símbolo destes provoca uma reação como medo ou surpresa em você... atenção! Pode ser sinal de que poderá ter uma revelação sobre si próprio nos próximos minutos. Observe-se. Observe-se o tempo todo.Entretanto, a experiência com essas imagens só pode ser aproveitada devidamente quando o praticante consegue um bom grau de auto-observação. Se você for iniciante, pule a descrição das deidades e trabalhe apenas sobre os símbolos geométricos e as cores dos tattwas, que já são por si só muito poderosos. Existe uma analogia entre os chacras e os diversos plexos do corpo físico, mas é um erro querer identificá-los com as partes da anatomia humana.Ao meditar nos chacras, você não deve prestar atenção ao corpo físico, mas ao corpo sutil, no espaço interior. Pense nos chacras como redemoinhos com o centro mais claro que as extremidades, girando vertiginosamente em ambos os sentidos. Você poderá perguntar: "em ambos os sentidos? Como assim?" Assim mesmo. Os chacras giram em ambos os sentidos. E giram muito rapidamente.O processo respiratório não é apenas inspirar ou apena expirar. Os chacras não giram só para a direita ou só para a esquerda. O universo é expansão e recolhimento, em todos os planos. Quando se medita sobre um chacra, uma das coisas que se precisa fazer é ver qual é o movimento dominante nele, se horário ou anti-horário. O movimento horário faz com que o chacra projete energia para fora. O anti-horário é para captar energia do ambiente. Isto é fácil de se conseguir com um pouquinho de prática, usando a intuição. Raramente falha.Como acabar definitivamente com a dúvida sobre o sentido do giro? Yata Brahmande tata pindade: assim como é no Universo, assim também é no ser. O mesmo exemplo que se usa na física para explicar o fluxo dos campos magnéticos, se aplica perfeitamente ao movimento dos chacras.Faça assim: feche o punho da sua mão direita e deixe o polegar para cima. Com uma caneta, desenhe uma flecha na gema do polegar e uma flecha nos lados visíveis dos dedos indicador e mínimo, com as pontas voltadas em direção às unhas.Lembre que a energia sempre circula desde o punho para as pontas dos dedos. O polegar simboliza a energia que entra ou sai do chacra. Vamos checar, por exemplo, em que sentido está girando neste momento seu swadisthána chacra. Feche os olhos e concentre-se no chacra.Observe-o, respirando profundamente durante alguns instantes. Concentre-se no sentido do giro. Se o chacra estiver girando em sentido horário (ou seja, se estiver girando no mesmo sentido que os ponteiros do relógio, quando você olha de frente para ele), você apoia o punho com o lado do dedo mínimo voltado para o seu ventre.O giro do chacra coincide com o sentido da seta que você desenhou no dedo mínino. Aí você repara que a energia está saindo, conforme indica a seta do seu dedo polegar. Se for ao contrário, se o seu chacra estiver captando energia do ambiente, ele tenderá a girar em sentido anti-horário. Nesse caso, observe a seta desenhada no seu dedo indicador e volte o polegar em direção ao seu ventre. Isso vai lhe dar a pauta do movimento predominante. Mas não esqueça que eles giram em ambos os sentidos.Faça o seguinte experimento: encha um aquário com água limpa. Prepare separadamente dois copos de água tingida com anilina da mesma cor: um deve ser de cor bem intensa, enquanto o outro deve ter uma cor mais clara. Jogue ambos os líquidos coloridos ao mesmo tempo no aquário e observe. O que você vê? Quando as águas se misturam, dá a nítida sensação de que a cor mais forte está "entrando" na cor mais clara. Mas, em verdade, o que acontece é que as partículas de água mais clara também estão "entrando" na água mais escura. Da mesma forma, quando você vê um chacra girando, apenas percebe o movimento aparente dele, aquele que prevalece. Os chacras sempre giram em ambos os sentidos, mas sempre predomina um.Pedro Kupfer é professor de Yoga, mora em Mariscal - SC e é editor do site http://www.yoga.pro.br/inicial.php.



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Posturas desintoxicantes


Por Márcia De LucaFoto: Thiago Calazans (www.calazansestudio.com.br)

Uma prática equilibrada de Hatha Yoga é extremamente eficiente para desintoxicação do corpo. Principalmente em conjunto com um programa de alimentação e estilo de vida que favoreçam a eliminação de toxinas do corpo.

A sequência de surya namaskar (saudação ao sol) trabalha a flexibilidade da coluna vertebral, eliminando os cristais que se solidificam ao longo dela. Essa prática impede o acúmulo de toxinas e deixa a coluna vertebral limpa para a circulação de energia. Faça cinco vezes a sequência completa, mantendo o foco na respiração, que deve ser profunda e confortável.

As três posturas do guerreiro (virabhadrasana I, II e III) são recomendadas para as pessoas com qualquer dosha predominante. Durante a permanência é recomendada a prática de bhastrika (respiração do fole), um excelente pranayama para desintoxicar e eliminar toxinas. Fique em cada postura enquanto for confortável.

Para assimilar os efeitos dessas posturas, permaneça em savasana (postura do cadáver) por pelo menos cinco minutos. As pessoas predominantementevata e pitta devem permanecer mais tempo no relaxamento e kaphapermanecer menos tempo.

Para saber sobre programas e retiros de desintoxicação: (11) 3168-5096.
Mais sobre saúde, bem estar e yoga no blog  Yoga Pela Paz

Márcia De Luca é professora, praticante de Yoga e especializada em Ayur-Yoga. Dá um Curso de Formação de Professores sobre o assunto. É autora do livro Ayurveda – Cultura de Bem Viver (Editora de Cultura) e apresenta na Rádio Eldorado os Boletins Filosofia de Bem Viver. www.ciymam.com.br

Andréa, Greta e Renata vestem Be Yoga (http://www.beyoga.com.br/)

Agenda novembro de 2011

aulas gratuitas em São Paulo com os melhores professores. confira a agenda de NOVEMBRO!

terças das 16h30m as 18h
sábados das 16h30m as 17h30m

1 (Terça) Márcia De Luca – O Poder dos Arquétipos
5 (Sábado) Paola de Mitri - Pranayama: técnicas respiratórias relaxantes
8 (Terça) André Majer– Adaptação dos Doshas para o verão
12 (Sábado) André Majer – A Prática da meditação e o Princípio de Ahimsa
15 (Terça) Lidia Mendes – Os chakras e a coluna vertebral
19 (Sábado) Sylvia Freire – Yoga e a saúde da coluna vertebral
22 (Terças) Sun Conde -  Conectando-se com os ritmos internos: Posturas para o ciclo menstrual
26 (Sábado) Eduardo Monteiro – Meditação em movimento
29 (Terça) Sun Conde – Sankalpa: a força do propósito interno

Local: Serraria do Parque Ibirapuera (entrada pelo portão 7 da Av. República do Líbano)






quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Agenda Setembro

Horários:
terça das 16:30 as 18:00
sábados das 16:30 as 17:30

3 (Sábado) – Rodrigo Cardoso - Partner Yoga
6 (terça-feira) - Márcia De Luca – Observando sua própria prática
10 (sábado) – Eduardo Monteiro - Mude seu corpo, mude sua mente.
13 (terça-feira) – Eduardo Monteiro - Bhakti Flow- Fluidez e celebração no Yoga.
17 (sábado) – Sun Conde – Criando espaço para suas novas energias
20 (terça-feira) – Márcia De Luca – Acessando o perdão através da pratica do yoga
24 (sábado) – Eduardo Monteiro - Jornada ao coração - Yoga dos relacionamentos e retroflexões
27 (terça-feira) – Sun Conde – Unindo o seu ser externo com seu ser divino

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Por Maya Tiwari (Extraído do livro Living Ahimsa Diet: Nourishing Love & Life)
Tradução: Madu Cabral

É um impulso divino dentro de nós buscar a paz – sentir-se bem, ter comida abundante, rir e prosperar na plenitude da vida. Nossa tendência natural é levar uma vida de não violência, que minha tradição chama de ahimsa. Viver em ahimsa é cultivar uma consciência pessoal e tornar isso, de forma consciente, um objetivo primário no dia a dia. É uma forma de viver que inclui tudo, do modo como pensamos à maneira que comemos; a forma que respondemos a tudo em nossa volta, de modo geral e específico.

Quando nos acostumamos a essa realização notável de conscientização, essa consciência imediatamente transforma nossos pensamentos, fala e ações, além de nos impedir de causar ferimentos, dor ou machucar outra pessoa ou qualquer ser vivo a qualquer momento. Em troca nossa saúde física é assegurada. Enxergamos beleza apenas pela mente imaculada de ahimsa: a mente de paz. Para experimentar essa realidade precisamos explorar a vida como seres conscientes. A forma védica de viver está enraizada no sistema de dharma ou lei cósmica.

Desde o princípio minha tradição preconiza a harmonia entre todas as pessoas e formas de vida e essa consciência levou às virtudes éticas que formam a base do estilo de vida hindu de não violência e compaixão – reverência a todas as formas de vida e proteção aos recursos da natureza. Mas, com o tempo, essa noção de harmonia se deteriorou dramaticamente dentro da minha própria tradição, assim como aconteceu em outras tradições também.

Influenciados como somos pela sempre mutante e instável paisagem da modernidade
– acompanhada pela ignorância e consciência aflita – a maioria das pessoas aprendeu a viver por meio de seus sentidos e desejos. Adotamos a ideia de que compaixão, harmonia e saúde podem existir separadamente da comida que comemos, do ar que respiramos, da água que bebemos e dos pensamentos que pensamos. Ignoramos o fato de que a comida sagrada da natureza para sustento da humanidade é um profundo presente de vida, de nutrição – ponto axial de toda a graça que se propaga. Comida nos dá a vida, portanto, devemos levar nossa atenção em preservar a harmonia e saúde da fonte de alimento da natureza. É hora de despertamos para a sabedoria do espírito humano e reconhecermos que a comida é o sustento primário da humanidade; sem comida o corpo acaba, a respiração desiste, a vida termina e o planeta morre.

Viver em ahimsa significa a vida de não violência em vez de uma vida violenta. Se o karma supremo da humanidade é manifestar harmonia durante essa época de transformações, então precisamos primeiro entender o que significa viver saudavelmente e em paz. Se estivermos seguros nesse conhecimento, podemos facilmente conseguir saúde e harmonia. Precisamos mudar nossos pensamentos e crenças. Para encontrar o tesouro do coração e colher saúde e prosperidade abundantes, precisamos nos comprometer a cultivar harmonia interna como prioridade. Fazendo isso, nos tornamos conscientes dos grandes desafios enfrentados pela mãe natureza, nossa fonte de luz, água e comida.

Essa mudança básica nos pensamentos nos guiará a mudanças em nossas vidas pessoais. Cada um de nós pode fazer mudanças significativas para preservar a paz, saúde e harmonia: tudo começa na consciência do ser.

A prática revolucionária de viver em ahimsa, que também chamamos de sadhanas no Ayurveda, desperta os sentidos e nossa habilidade para conectarmos com as energias maiores do universo. Você aprenderá a experimentar a sensação de completude pela arte de celebrar o corpo, a mente e a alma com amor e harmonia. Celebrando, você aprenderá a ouvir os sons de seu ser interno e ganhará acesso à sua medicina interna para curar a si mesmo, a natureza e todas as coisas que te rodeiam, sem remédios! Esse trabalho é de festejar a natureza, nutrindo pensamentos, fala e ação, e nutrir o corpo, a mente e o espírito em absoluta harmonia.

(Copyright2011 – Maya Tiwari Excerpt from Living Ahimsa Diet: Nourishing Love & Life)
Maya Tiwari (Mother Maya), participante confirmada do Yoga pela Paz 2011, serviu por mais de 25 anos como monja védica, pertencente da renomada linhagem védica de Vyasa, foi proclamada Líder de Paz Mundial pelo Parliament of the World’s Religions (Parlamento Mundial de Religiões) por seu proeminente trabalho em criar harmonia interna, saúde e bem-estar no mundo. Saiba mais AQUI.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Os cinco grandes elementos da natureza.

Por Sylvia Freire

Publicado no blog http://infinityoga.blogspot.com

Segundo a filosofia do Yoga, existem três grandes forças que regem a natureza: Tamas (inércia), Rajas (movimento) e Sattva (equilíbrio). Essas forças são chamadas gunas. Para saber mais sobre os gunas veja a postagem "As forças que regem a natureza."

Da combinação destes três gunas surgem os cinco grandes elementos da natureza: terra, água, fogo, ar e espaço. Os elementos da natureza (em sânscrito mahabhutas) representam os estados sólido, líquido, radiante, gasoso e etéreo da matéria.

As características dos cinco elementos da natureza são pontos importantes nos pensamentos ióguicos e ayurvédicos. Os elementos nos permitem experienciar o mundo a nossa volta. Além disso, estão presentes na constituição e no funcionamento do corpo físico. Influenciam também o corpo de energia, ou corpo sutil.

Robert Svoboda, médico ayurvédico, em seu livro "Prakriti" explicita que os elementos mostram que todo o universo é formado por diferentes frequências ou vibrações da natureza (em sânscrito prakriti). Veja um trecho traduzido de seu livro:

Terra - estado sólido da matéria, cuja característica é o atributo de estabilidade, rigidez e firmeza. Terra é uma substância estável.

Água - estado líquido da matéria, cuja característica é a sua fluidez. A água é uma substância sem estabilidade.

Fogo - tem o poder de transformar uma substância do seu estado sólido para o líquido e de líquido para o gasoso e vice versa. Fogo é forma, mas sem substância, cuja característica é transformação.

Ar - estado gasoso da matéria, cuja característica é sua mobilidade e dinamismo. Ar é existência sem forma.

Éter - é o campo onde tudo se manifesta e para onde tudo retorna; é o espaço onde todas as manifestações ocorrem. Éter não tem existência física, sua existência se dá na possibilidade de infinitas manifestações.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Vitalidade Sutil

Por Núbia Teixeira

Publicado no blog yoga pela paz

A palavra pranayama deriva de dois termos sânscritos: prana, que significa energia vital, e ayama, que significa controle e expansão. A intenção dessa prática é respirar de forma consciente.

O volume de prana que circula por nossos corpos determina nosso nível de vitalidade. Podemos extrair essa energia vital de diversas fontes: da luz e do calor do sol, dos elementos que comemos, da água que tomamos e principalmente do ar que respiramos.

Na forma mecânica como respiramos normalmente, incorporamos superficialmente energia vital ao nosso sistema. Quando levamos nossa atenção à assimilação de prana por meio da respiração, o nível dessa energia se torna mais forte em nossos corpos.

[O pranayama consta de] modificações externas, internas ou retenção [da força vital]. É regulado por lugar, estação e números [e torna-se progressivamente] mais prolongado e sutil.

(Yoga Sutra – trad. Pedro Kupfer)

Como as artérias carregam o sangue por nosso corpo físico, nosso corpo energético (sutil) possui as nadis (meridianos) que são como rios que carregam prana pelo corpo.

Ao direcionar o fluxo de energia em nosso corpo sutil, o pranayama ajuda a despertar as nadis. Isso energiza os sete chakras, que são centros de purificação, estoque e distribuição de prana para o corpo físico.

Se nossa respiração está bloqueada, nossa sensibilidade, intuição, conexão com o mundo interior e exterior se tornam difíceis.

Normalmente, procuramos desenvolver a sabedoria por meios externos. O que esquecemos é que todo o universo pode se desdobrar a nossa frente por meio do conhecimento interior. Pranayama é uma ferramenta poderosa para alcançar esse conhecimento.

O movimento da mente está relacionado com nossa respiração. Se a respiração for suave e calma, as ondas em nossa mente seguirão o mesmo ritmo e vice-versa. Desta forma, quando a respiração transcende o nível de controle consciente, nossa mente também transcende a forma regular de observação. Isso nos prepara para mergulhar em nós mesmos de forma diferente, com menos obstáculos e barreiras para encontrarmos a real natureza de nossas almas.

Ao inspirar e expirar de forma correta – profundamente, pelas narinas – podemos melhorar nossa saúde e vitalidade. Normalmente, nossa respiração é superficial e curta, não completamos uma expiração completa. Como resultado, sempre mantemos uma quantidade pequena de ar nos pulmões. Isso pode produzir toxinas em nossos órgãos internos e bloquear a passagem de energia nas nadis.

Se prestar atenção a uma pessoa com alto nível de estresse ou desequilíbrio emocional, notará uma respiração curta e disrítmica. Comparativamente, uma pessoa calma e equilibrada tem uma respiração longa e com ritmo.

Respirar de forma correta e profunda significa se relacionar profundamente com o mundo ao seu redor, sem medo, restrições ou reservas. Assim, convida e permite que a energia do universo permeie e nutra seu ser. Segurar ou restringir sua respiração fará com que segure emoções que podem afetar negativamente as funções saudáveis de todo seu corpo físico.

Sua inspiração está relacionada à forma como se permite receber coisas do universo e das outras pessoas. Sua expiração está relacionada com a forma como se dá e como se expressa ao mundo e pessoas a sua volta.

Apesar de a respiração ser uma função do corpo vegetativa, automática e inconsciente, quando a moldamos intencionalmente com pranayama, podemos trazer espaço e abertura para a mente, tranquilidade para nossas emoções e cura ao nosso corpo físico.

Nubia Teixeira será uma das participantes do Yoga pela Paz 2011. Começou a praticar Yoga aos 16 anos e passou os últimos 20 anos se dedicando às artes de cura, Bhakti Yoga (Yoga Devocional) e à dança clássica indiana conhecida como Odissi

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cantar para Viver

Por Krishna Das Trecho do livro Cantar para viver: Minha busca por um coração de ouro, de Krishna Das, lançamento da Realejo Livros. Pré-venda AQUI.

Publicado no blog yoga pela paz

Participante Yoga pela Paz 2011
20 de agosto, a partir das 21h: Show e lançamento do livro de Krishna Das na Apas (compre seu ingresso AQUI)
21 de agosto: apresentação gratuita no Parque do Ibirapuera (programação completa AQUI)
22 e 23 de agosto: workshop de aprofundamento no YogaFlow CIYMAM (programação e inscrição AQUI)

Há momentos em que sabemos com toda a certeza que aquilo que acontece realmente não tem nada que ver conosco nem com as decisões que acreditamos tomar na vida. Eu estava com Ram Dass e um grupo de outros ocidentais em Bodh Gaya no outono [segundo semestre] de 1970. (Bodh Gaya é o lugar na Índia onde o Buda se sentou embaixo de uma árvore e atingiu a iluminação.) Nós tínhamos feito cinco cursos de dez dias de meditação vipassana seguidos, e parecia estar na hora de tentar encontrar Maharajji mais uma vez.
Alguém chegou ao lugar com um ônibus Mercedes de turismo e ofereceu uma carona de volta a Déli ao grupo. Nós resolvemos ir para lá e tentar descobrir onde Maharajji podia estar.
A viagem era longa, demoraria o dia todo. Um dos ocidentais que estavam no ônibus tinha visitado omela (um grande encontro em um local sagrado em um momento astrológico altamente auspicioso) em Allahabad e disse: “Sabiam que há milhões de babas e sadhus tomando banho no rio naquele lugar sagrado? Que tal pararmos lá? Fica no caminho”. Se nós parássemos no mela, as chances de chegar a Déli naquela noite não seriam muito boas, então Ram Dass decidiu não parar. E, como ele era o mais velho, era o chefe.

Com isso, uma enorme discussão começou: cada pessoa no ônibus dizia o que queria fazer. Durante muito tempo, Ram Dass foi incisivo na decisão de não parar, mas finalmente cedeu: “Certo, nós vamos até lá e damos uma olhada de alguns minutos, mas depois voltamos para o ônibus e vamos embora”.
Quando entramos no imenso campo no fim da estrada onde o mela tinha acontecido, descobrimos que estava deserto. Os dez milhões de pessoas que tinham estado ali uns dez dias antes tinham voltado para casa. Então, enquanto o ônibus fazia uma curva enorme e longa no campo para voltar, alguém disse: “Tem um templo de Hanuman ali... que tal nós irmos fazer uma reverência a Hanuman antes de ir embora?”

O ônibus se virou na direção do templo e estava percorrendo uma trilha para pedestres na beira do campo quando outra pessoa gritou: “Olhem, é Maharajji!”
E, lá estava ele, caminhando de encontro a nós, meio que rindo sozinho. Ele nem ergueu os olhos quando o ônibus passou. Mais tarde, o homem com quem ele estava caminhando, que descobrimos ser Dada, nos contou que Maharajji tinha dito: “Ah, eles vieram”, e continuou caminhando. O ônibus parou e nós todos corremos para fora para falar com ele. Ele disse: “Venham atrás de mim, venham atrás de mim”. Ele entrou em um riquixá pequeno com Dada, que saiu rodando pelas ruas estreitas com aquele ônibus Mercedes enorme e reluzente atrás, com todos aqueles ocidentais malucos dentro.
Nós o seguimos até uma casa, onde ele desceu do riquixá e entrou. Nós não sabíamos o que fazer. Enquanto esperávamos parados do lado do ônibus, a mulher de Dada saiu da casa e disse: “Venham, entrem e peguem sua comida. Hoje de manhã, Maharajji nos disse para preparar comida para 26 pessoas”. Nós éramos 25, mais o motorista. Nós compartilhamos uma ótima refeição e passamos um tempo maravilhoso com Maharajji naquela casa.
Eu repassei na mente os acontecimentos dos dois dias anteriores e todo o planejamento da viagem a Déli para encontrar Maharajji. Lembrei toda a longa discussão a respeito de parar ou não no mela. Se eu realmente tivesse capacidade para entender, iria ver que ele mandava no show, e talvez assim minha mente se entregasse.

Krishna Das participará do Yoga pela Paz 2011
20 de agosto: show e lançamento do livro no Espaço APAS. IngressosAQUI. 21 de agosto: show gratuito no Parque Ibirapuera.
22 e 23 de agosto: workshop no YogaFlow CIYMAM. Inscrições: (11) 3168-5096

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Agni Hotra - o ritual do fogo

Teremos essa importante cerimônia no dia 16 de agosto, as 16:30, na Serraria do Parque, participe!


O fogo sempre foi usado por diferentes civilizações em vários contextos e em muitos momentos históricos, principalmente naqueles relacionados com celebrações.

Yagya é uma das mais tradicionais maneiras de auxiliar na elevação da consciência humana utilizando corpo, mente, sensibilidade, espírito, mantras e outros elementos que combinados propiciam a metamorfose e transformação de efeitos relacionados com a bioenergia.

A palavra Yagya (Yajna em sânscrito) significa: Ya: produção, Ja: distribuição e Na: assimilação. Estes são os três processos presentes na execução de um Yagya.

É uma combinação do imperceptível com o perceptível, do microcosmo com o macrocosmo, conectando o ser humano com a sua divina essência.

Yagya não é um fogo ordinário, mas sim a manifestação da luz materializada de vibrações positivas. O ritual de yagya (fogo) estabelece uma conexão do homem com as propriedades cósmicas de abundância e paz existentes no universo.

Executante, Sri Govinda das-Sacerdote Brahmana, especialista em cerimônias e rituais védicos. Licenciado pela Gaudya Vaishnava e Ramanuja Sampradaya para exercer estas atividades.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

A Cura pela Visão

Por Márcia De Luca

Publicado no blog yoga pela paz

As imagens que penetram em nossos olhos atuam profundamente em nosso corpo, mente e emoções. Enquanto observamos um magnífico pôr do sol, geramos substâncias químicas que nos acalmam e nos dão prazer. Por outro lado, assistir a um filme de violência detona um dilúvio de hormônios que provocam estresse e inundam nossa circulação agitando cada célula do corpo. Escolher estímulos visuais positivos é tão importante quanto escolher alimentos nutritivos.

Assim como os sons primordiais podem ser úteis para equilibrar nossa mente e nosso corpo por meio da audição, as formas primordiais podem gerar maior coerência em nossos cérebros, provocando uma influência que equilibra e acalma. Em algumas culturas do mundo, utilizam-se belos desenhos para aquietar a mente agitada. Um desenho clássico é conhecido por Sri Yantra que simboliza as forças criativas do universo.

Podemos também melhorar nosso bem-estar e o ambiente em que vivemos e em que trabalhamos com o uso criativo da cor:

- Nuances de cores pastel e tons de terra tranquilizam o elemento Ar.
- Cores frias, claras – azuis, verdes e branco – equilibram o princípio Fogo.
- Cores brilhantes, fortes e intensas com formas e desenhos vibrantes ajudam a energizar o princípio Terra.

Márcia De Luca escreveu esse texto para seu curso de Formação de Professores. É autora do livro Ayurveda – Cultura de Bem Viver (Editora de Cultura) e apresenta na Rádio Eldorado os Boletins Filosofia de Bem Viver.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Os Cinco Portais para a Farmácia Interna: Audição

Por Márcia De Luca

Publicado no blog yoga pela paz

A VIDA É INTERAÇÃO ENTRE O AMBIENTE E NÓS MESMOS.Os cinco órgãos dos sentidos – nossos ouvidos, pele, olhos, língua e nariz – são portais pelos quais percebemos o mundo. Assim como os tecidos de nosso corpo são formados a partir do alimento que ingerimos, nossa mente forma-se a partir de nossas impressões sensoriais.

A qualidade destas impressões determina a qualidade de nossos pensamentos e sentimentos. Sons, sensações físicas, visões, gostos e cheiros, tudo pode ser utilizado para equilibrar, nutrir e curar. Dar preferência aos estímulos que equilibram nossa atual fisiologia psicofísica assegura ótima integração entre mente, sentidos, corpo e ambiente.

A cura pelos sons
Enquanto ouvimos palavras inspiradoras ou uma bela peça musical, uma cascata de substâncias químicas produtoras de prazer corre por nosso corpo, restaurando a saúde e a totalidade. Praticamente toda cultura no mundo reconheceu as propriedades curadoras e unificadoras do som. O som pode ser usado para criar harmonia e coerência dentro de nosso corpo, mente, emoções e espírito.

Sons que promovem cura são chamados sons primordiais. Sons primordiais são vibrações da natureza, mais sutis que as palavras ou a linguagem. O soprar do vento, a cadência da chuva e o canto dos pássaros são exemplos de sons primordiais. Esses sons da natureza nos lembram nossa natureza essencial.

Os mantras são sons primordiais que expressam vibrações fundamentais da linguagem. Quando usados em meditação silenciosa, os mantras servem de veículo para aquietar a mente e expandir a consciência.

A música é outra força curativa poderosa, que tem profunda influência em nosso corpo e em nossa mente. Há músicas que nos animam, transmitindo-nos energia quando estamos nos sentindo letárgicos ou deprimidos, enquanto melodias suaves nos acalmam quando estamos nos sentindo ansiosos. Cada indivíduo reage a seu próprio modo a diferentes tipos de música. Experimente à vontade até encontrar a música que o agrade e crie sua própria playlist de sons curativos.

Leia também:A rotina de saúde apropriada para seu biótipo segundo o Ayurveda.

Márcia De Luca escreveu esse texto para seu curso de Formação de Professores. É autora do livro Ayurveda – Cultura de Bem Viver (Editora de Cultura) e apresenta na Rádio Eldorado os Boletins Filosofia de Bem Viver.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Cura pelo Olfato

Por Márcia De Luca

Publicado no blog yoga pela paz



Lembre-se por um momento do cheiro da terra depois da primeira chuva de primavera, do cheiro de uma refeição preparada por sua avó ou do cheirinho de um bebê recém-nascido. Nosso sentido do olfato conecta-nos diretamente com nossas emoções, lembranças e instintos. Por meio de um processo conhecido por condicionamento neuroassociativo, podemos ligar uma reação de cura à experiência de um odor em particular. Por exemplo, se cada vez que sentarmos para meditar usarmos uma fragrância de sândalo, logo aprenderemos a associar a sensação de relaxamento com o aroma. Outras vezes, simplesmente sentindo o cheiro da fragrância, provocará a sensação de relaxamento tranquilo.


Descubra um aroma que você goste muito e inale profundamente sua essência sempre que estiver se sentindo relaxado, em paz ou desfrutando de um dia particularmente agradável. Gradualmente seu corpo vai associar esses sentimentos agradáveis com o uso do aroma. Em pouco tempo, simplesmente o cheiro da essência provocará um estado elevado de bem-estar.


Márcia De Luca escreveu esse texto para seu curso de Formação de Professores. É autora do livro Ayurveda – Cultura de Bem Viver (Editora de Cultura) e apresenta na Rádio Eldorado os Boletins Filosofia de Bem Viver.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Workshop Yoga Pela Paz


De 22 a 24 de agosto, o Yoga pela Paz 2011, em parceria com o Yoga Flow Ciymam, apresentará um workshop de aprofundamento com os professores mais renomados do mundo.
R. Dina, 100 - Vila Nova Conceição, SP

8h às 11h Prática de Ashtanga Vinyasa Yoga, com Lucy Martorela
Prática intensa e transformadora em aulas no estilo Mysore com uma das primeiras alunas ocidentais do criador do método Pattabhi Jois. Para todos os níveis de praticantes.

14h às 17h O Poder Feminino de Cura, com Maya Tiwari
Nesse workshop Mother Maya ensina as práticas lunares para mulheres de todas as idades, parte da ancestral ciência do Ayurveda. O curso ensinará como cuidar da saúde do sistema reprodutor, retomar os ciclos naturais em acordo com o ritmo lunar e restaurar a beleza feminina. Para todos os níveis de praticantes.

19h às 21h Kirtan Class, com Krishna Das
Cantor de mantras reconhecido mundialmente, Krishna Das compartilhará as experiências de seu caminho de evolução e nos ensinará a cantar mantras para usufruirmos de seu poder de cura. Para todos os níveis de praticantes. ESSA ATIVIDADE ACONTECERA APENAS NOS DIAS 22 E 23 DE AGOSTO.


Investimento:
3 Dias Completos - R$500,00
1 dia Completo - R$216,00 (com exceção de 24 de agosto que custará R$145,00)
Aula Avulsa - R$80,00

Inscrições:
tel: (11) 3168-5096
email: andrea@marciadeluca.com.br

Agenda Agosto


Horários: 
terça das 16:30 as 18:00
sábados das 16:30 as 17:30

2 (terça-feira) - Márcia De Luca - Sua saúde e os cinco sentidos
6 (sábado) - Rodrigo Cardoso
9 (terça-feira) - Márcia De Luca - A cura pela audição
13 (sábado) - Marlei Caroli - Mandalas
16 (terça-feira) - Govinda Das - Agni Hotra (cerimônia do fogo)
20 (sábado) - Rodrigo Cardoso - Bhakti, o caminho do coração
23 (terça-feira) - Marley Caroli - Equilíbrio Corpo, Mente, Espírito
27 (sábado) - Sylvia Freire - as forças que regem a natureza

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Digestão Ayurvédica

Por dr. José Ruguê Junior

Publicado no blog yoga pela paz

Todos os alimentos que entram em nosso organismo – sejam eles físicos, como os alimentos sólidos, líquidos e o ar; sejam eles mentais, como impressões, pensamentos e emoções – devem passar por um processo de metabolização ou digestão, para serem assimilados devidamente.

Isto acontece em três níveis principais:

- Da digestão geral, que começa na saliva e vai até o intestino, chamada digestão primária.
- Do fígado, onde os nutrientes assimilados passam pela digestão secundária, específica dos cinco grandes elementos – terra, água, fogo, ar e espaço.
- Das células, o principal objetivo de toda nutrição, levar ao nível das células os nutrientes e o oxigênio, para que as células possam desempenhar suas funções dentro dos tecidos e estes dentro dos sistemas para a harmonia do funcionamento do organismo. É chamado nível celular ou terciário da digestão.

Assim, todos os alimentos, físicos e mentais, quando digeridos nesses três níveis, se transformam em três tipos de substâncias:

- Os nutrientes, que devem ser absorvidos e se transformarão em estrutura, em energia e participarão das diversas funções de nosso corpo e mente.
- Os dejetos, que são aquela parte dos alimentos que não será absorvida pelo organismo e que deve ser eliminada, mas que, enquanto está no organismo saudável, desempenha funções primordiais, como por exemplo, formação do bolo fecal. As fibras na dieta têm esse papel. Também estão incluídos nos dejetos os produtos de excreção da digestão celular.
- A energia sutil dos alimentos, que vai se incorporar, formar e nutrir nossa mente. Esta energia sutil, presente em todos os alimentos físicos ou mentais, se manifesta por meio de seus atributos, os gunas, gerando na mente o "campo" para a harmonia (sattwa), para a atividade excessiva (rajas) ou para a inércia (tamas).

Portanto, os alimentos devem ser observados não só pelo seu valor nutricional (vitaminas, proteínas, carboidratos, microelementos), mas também pela capacidade de produzirem em nossas mentes essas trigunas.

A mente reage ao mundo de acordo com o predomínio de uma destas qualidades, o que determina uma reação nossa diante da vida, de caráter harmonioso, agitado ou obscuro. E estas qualidades se impregnam em nossa mente de acordo com a guna daquilo que nos serve de alimento: comida, impressões, pensamentos e emoções. Isto explica como, dentro do Ayurveda, uma dieta sattwica é prescrição primordial para o tratamento de problemas psiquiátricos!

Formado em 1981 em Medicina pela Universidade Federal de Uberlândia, com título de especialista em Terapia Intensiva pela AMIB em 1985. Chefe da UTI do Hospital Santa Genoveva de Uberlândia de 1985 a 1999, Dr. Ruguê foi diretor clínico desse hospital por vários anos. Conviveu com seu mestre, Sri Vájera Yogui Dasa (grande erudito da ciência védica e yóguica) no Brasil e no Chile, de 1973 a 1984. Membro do corpo docente da International Academy of Ayurveda, Presidente do Movimento Mundial de Ayurveda, com sede em Milão – Italia e membros em todo o mundo. Dá cursos por todo Brasil, Portugal, Itália. http://www.suddha.net


quinta-feira, 28 de julho de 2011

Workshop Yoga Pela Paz

Publicado no blog yoga pela paz

De 22 a 24 de agosto, o Yoga pela Paz 2011, em parceria com o Yoga Flow Ciymam, apresentará um workshop de aprofundamento com os professores mais renomados do mundo. R. Dina, 100 - Vila Nova Conceição, SP

8h às 11h – Prática de Ashtanga Vinyasa Yoga, com Lucy MartorellaPrática intensa e transformadora em aulas no estilo Mysore com uma das primeiras alunas ocidentais do criador do método Pattabhi Jois. Para todos os níveis de praticantes.

14h às 17h – O Poder Feminino de Cura, com Maya TiwariNesse workshop Mother Maya ensina as práticas lunares para mulheres de todas as idades, parte da ancestral ciência do Ayurveda. O curso ensinará como cuidar da saúde do sistema reprodutor, retomar os ciclos naturais em acordo com o ritmo lunar e restaurar a beleza feminina. Para todos os níveis de praticantes. (Leia mais sobre Mother Maya AQUI)

19h às 21h – Kirtan Class, com Krishna DasCantor de mantras reconhecido mundialmente, Krishna Das compartilhará as experiências de seu caminho de evolução e nos ensinará a cantar mantras para usufruirmos de seu poder de cura. Para todos os níveis de praticantes.

Investimento:3 Dias Completos - R$576,00
1 dia Completo - R$216,00
Aula Avulsa - R$80,00

Inscrições:tel: (11) 3168-5096 (11) 3168-5096
Email: andrea@marciadeluca.com.br

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Seja um voluntário Yoga pela Paz

Nosso evento precisa de muita ajuda para acontecer e nós contamos com a sua! Participe da nossa reunião no dia 1 de agosto as 12hs ou mande um email para yoga@yogapelapaz.org.

R. Joaquim Floriano, 1050B - Itaim Bibi (São Paulo - SP)

terça-feira, 26 de julho de 2011

...::: Ctrl+Alt+Del ......com PRANA MUDRA:::...

Por Marlei Caroli

Publicado no blog yoga pela paz

Também conhecido como shanti mudra – O gesto da Paz.

Sente-se numa postura confortável e relaxe todo o corpo, especialmente abdômen, braços e mãos (direita sobre a esquerda).

Depois de uma exalação pratique mula bandha (fecho da raiz - saiba mais AQUI) e retenha o ar fora dos pulmões por alguns instantes. Comece a inspirar, sinta o prana (energia vital) subir do chakra básico ao chakra do plexo solar.

Continue inalando e sentindo o prana subir, passar pelo chakra do plexo solar e pelo chakra do coração enquanto expande o peito. Simultaneamente eleve as mãos pelos lados abrindo os braços e una-as à frente do peito em anjali mudra. Faça uma leve pausa na inspiração.

Encha mais os pulmões e sinta o prana subir do chakra do coração até alcançar o chakra do terceiro olho, retenha a respiração levemente sentindo a energia vital. Simultaneamente, eleve as mãos pelos lados abrindo os braços e una-as à frente do terceiro olho.

A partir daí sinta o prana expandir do ajna chakra (terceiro olho) para bindu e sahasrara e visualize uma aura de pura luz emanando do topo de sua cabeça. Eleve as mãos em anjali mudra acima do sahasrara (coroa).

Sinta todo o seu ser irradiando vibrações de paz para todos os seres vivos.

Retenha o ar e a postura o quanto for confortável.

Exale, descendo os braços pelos lados e volte à postura inicial. Durante a exalação, sinta o prana descer progressivamente através de cada chakra, lembre-se sempre de retornar o prana ao chakra básico. Respire naturalmente, sinta a coluna alinhada e relaxe todo o seu corpo.

Mais sobre os chakras:Chakras: centros de desenvolvimento psicoespiritual (Por Rosana Biondillo)

Marlei Caroli dará aula no Yoga pela Paz 2011, dedica-se ao estudo das filosofias do oriente, em particular o Yoga, hinduísmo e budismo. Formada instrutora de Yoga no curso de pós-graduação da FMU-SP e Kaivalyadhama Yoga Institute – Lonavla (Índia) participou de vivências meditativas e yógicas em ashrams e monastérios. Utiliza várias fontes de conhecimento, abordagens tradicionais e contemporâneas em seu trabalho de equilíbrio integral. Influências que resultam numa linguagem afinada com corpo, mente e espírito; um olhar amoroso onde os opostos se complementam, criando uma proposta de estilo de vida que traduz seu ideal: liberdade!

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sequência para fortalecimento da região pélvica e abdominal.

Por Sylvia Freire

Publicado no blog http://infinityoga.blogspot.com

Esta é uma sequência simples e fácil de ser executada, que tonifica e fortalece a região pélvica e abdominal. Estas áreas do corpo devem estar fortes e saudáveis, pois, dão sustentação aos orgãos abdominais. Os movimentos são suaves massageando toda a coluna principalmente a região lombar. Alivia desconfortos e dores na lombar. Alonga também a parte interna das coxas e virilhas.

Energeticamente ativamos os três chakras localizados nesta região. O chakra da raiz, Muladhara, localizado na base da coluna, através da contração dos esfícteres. Este chakra é responsável pelas nossas necessidades mais básicas como comer, dormir, descansar. Svadhistana, chakra da sensualidade, localizado um pouco abaixo do umbigo. E o chakra Manipura, localizado no plexo solar, ativa a energia do abdome, conferindo assim saúde para todos os orgãos abdominais. Este chakra é responsável pela nossa força de vontade e determinação.

Nesta série trabalhamos também os bandhas. Bandhas são travas que tem por objetivo não deixar a energia destas regiões se dissipar. Mula Bandha (contração dos esfícteres) e Uddiyana Bandha (contração do abdome para dentro e para cima).

Durante toda a sequência a respiração deve ser consciente, ampla, profunda, suave e fluida.

Esta sequência pode ser feita isoladamente como uma prática suave e restaurativa. Pode também ser um aquecimento inicial para posterior prática de posturas sentadas ou em pé, ou ainda, ao final da prática como forma de trazer estabilidade `a coluna.

Inicia-se e finaliza-se na mesma posição, Savasana (postura do morto). Observe os movimentos da coluna. Vamos lá.

Savasana

Inicie em Savasana (postura do morto) com o corpo bem relaxado. Observe o corpo estável na posição. Fique bem a vontade nesta posição e tome consciência de todas as partes do corpo (pés, pernas, coluna, ombros, braços... área abdominal e pélvica). Observe também a sua respiração. Faça algumas respirações profundas e amplas e vá relaxando a cada expiração.

Apanasana

Flexione os joelhos e abrace as pernas em Apanasana (postura dos joelhos no peito). Relaxe os ombros, as pernas, mantendo o cóccix no chão.

Eleve a cabeça aproximando-a aos joelhos. Permaneça na posição por algumas respirações concentrando-se na contração do abdome, procurando relaxar os ombros minimizando o esforço do pescoço. Retorne a cabeça e relaxe. Faça este movimento 3 vezes.

Apoie os pés no chão deixando-os paralelos e na largura do quadril. Toda e extensão da coluna em contato com a terra, do cóccix `a cabeça. Os braços ao longo do corpo com as palmas das mãos voltadas para baixo.

Setu Bandha Sarvangasana

Num movimento de inspiração eleve o quadril a partir do cóccix e vá aproximando o peito do queixo em Setu Bandha Sarvangasana (postura da ponte). Permaneça na posição por algumas respirações. Mantenha a região do assoalho pélvico contraída em Mula Bandha (contração dos esfícteres).

Num movimento de expiração retorne o quadril ao chão e relaxe. Faça Setu Bandha Sarvangasana por 3 vezes. Relaxe e observe o seu corpo.

Viparita Karani

Aproxime as coxas ao abdômen e estenda as pernas em direção ao céu em Viparita Karani (postura das pernas elevadas). A coluna deve estar colada na terra, as pernas bem estendidas num ângulo de 90 graus e os pés "flex". O peito deve estar aberto e os ombros apoiados no chão. Permaneça na posição por algumas respirações. Faça por 3 vezes e relaxe flexionando os joelhos novamente.

Afaste os joelhos e segure os pés com as mãos entrelaçadas em volta deles. Nesta posição a coluna permanece colada na terra, os braços estendidos e os ombros apoiados no chão. Os calcanhares se aproximam das virilhas e os joelhos se afastam.

Eleve a cabeça e permaneça na posição por algumas respirações mantendo a contração do abdome. Ative Mula Bandha, contraindo os esfícteres. Retorne a cabeça e relaxe. Faça este movimento por 3 vezes.

Supta Baddha Konasana

Repouse os braços ao longo do corpo e apoie os pés no chão posicionando-se em Supta Baddha Konasana (postura reclinada em ângulo fechado). Relaxe o corpo na posição e coloque a sua atenção na região do assoalho pélvico. Vamos fortalecer a musculatura pélvica, contraindo e relaxando os esfícteres ritmadamente em Asvine Mudra. Faça este movimento por 10 vezes. Relaxe e observe o seu corpo.

Estenda os braços para trás e inspire profundamente expandindo totalmente os pulmões ....naturalmente descolando a região lombar da terra.... a lombar se arca formando uma ponte...

ao expirar vá gradualmente relaxando os braços, colando a lombar no chão, contraindo o abdome em Uddiyana Bandha, deixando toda a coluna em contato com o chão e por fim contraindo os esfícteres em Mula Bandha. Mantenha os Bandhas por algumas respirações e relaxe. Faça este movimento por 3 vezes.

Retorne os braços deixando-os ao longo do corpo. Faça a postura do peixe, Matsyasana. Apoie o topo da cabeça, os cotovelos, o cóccix e os pés no chão. Mantenha as pernas em Badha Konasana. Permaneça por algumas respirações.

Matsyasana

Permaneça em Matsyasana (postura do peixe) apenas estendendo as pernas. Faça algumas respirações e relaxe.

Jathara Parivartanasana

Para finalizar faça uma suave torção em Jathara Parivartanasana (postura da torção do abdome) e durante a permanência relaxe na posição e faça algumas respirações profundas.

Jathara Parivartanasana

Faça o mesmo para o outro lado.

Savasana

Finalize em Savasana, com o corpo totalmente relaxado. Apenas observe o corpo e a respiração por alguns minutos. Para sair desta posição flexione os joelhos, deixando as pernas cairem para um dos lados e sente-se devagar.

Namastê!