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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Abundância Coletiva


Por Márcia De Luca

Sendo o coletivo a soma das partes, a abundância coletiva se manifestará a partir do momento em que muitos seres humanos estejam vibrando na frequência da prosperidade.
Num mundo violento como o nosso, a abundância coletiva precisa começar pela paz – que torna possível a realização dos nossos outros desejos.  E cada pessoa pode fazer a sua parte tornando a paz mundial um desejo próprio – sobre o qual podemos atuar a cada dia.
Sabemos que a violência do mundo nada mais é do que o reflexo da violência de cada um de nós. Essa é uma boa notícia: pois significa que, se mudarmos o nosso coração, podemos mudar o mundo. Não é pretensão, nem  ingenuidade – é fato.
Mahatma Gandhi falou a verdade quando disse: “Nós temos que ser a mudança que queremos ver no mundo”. Essa mudança começa aqui e agora com a abertura de nossos corações e com uma mudança de atitude que gerará uma expansão de nossa consciência. E Mahatma Gandhi ainda continua: “O caminho não é a paz, a paz é o caminho”.
Os ímãs da paz são atitudes que podemos tomar e que nos colocarão – e às pessoas ao nosso redor – nesse caminho de paz.
 
1. Incorporar a paz
Para atrairmos paz precisamos nos tornar a própria paz – ou melhor, reencontrá-la dentro de nós mesmos, uma vez que ela é a nossa essência.
Há duas ótimas meditações para incorporarmos a paz:
-       Repetir o mantra SHANTI, paz em sânscrito.
-       Repetir o mantra LOKAH SAMASTAH SUKINO BHAVANTU (pronuncia-se: “locá, samastá, suquinô, bavantú”), que denota a intenção de paz entre os seres humanos. 
Ao acessarmos o campo da pura potencialidade colocando lá nossa intenção de paz, ela se fortalece e vai sendo gravada em nossa memória celular. Ao terminar a meditação, precisamos manter a atitude pacífica e pacificadora ao longo de todo o dia, todos os dias. É assim que verdadeiramente incorporamos a paz. 

2. Pensar a paz
Nada existe que não tenha sido pensado em algum momento. Como já vimos, os pensamentos são poderosos e se transformam em realidade.
A intenção de paz fortalece ainda mais um pensamento – que projetado na consciência coletiva, tornará o mundo seu reflexo.
Vale todo tipo de pensamento de paz: com os vizinhos, com a família, com os companheiros de trabalho. E também no nível macro: de um mundo em paz.

3. Sentir paz
Compaixão, compreensão e amor são os sentimentos que geram paz. Ao nos identificarmos com o sofrimento alheio, passamos a compreendê-lo, e só somos capazes de amar o que compreendemos. O amor, portanto, abre a oportunidade  de paz.
Pôr em prática este ímã da paz significa tentar conscientemente sentir compaixão pelos que estão ao nosso redor. Para tanto, é preciso parar de julgar e aceitar cada um como é. Nem sempre isso é fácil – mas é possível. E, como tudo, o treino leva à perfeição. O fundamental é observar tapas, o auto-esforço, a disciplina (de que falamos no capítulo sobre Yoga).

4. Falar de paz
Já conhecemos o poder da palavra: sua energia move montanhas. Ao escolhermos conscientemente falar de paz, nos colocamos em paz e compartilhamos esse sentimento.
Antes de falarmos qualquer coisa, é bom sempre testarmos as três peneiras:
-       a peneira da bondade: o que vamos falar é bom?
-       a peneira da verdade: temos certeza de que o que vamos falar é verdade?
-       A peneira da necessidade: precisamos mesmo falar sobre isso?
O teste das peneiras deve seguir essa ordem: e só o que passa pelas três pode então ser dito – porque certamente será uma palavra de paz.
Não é por acaso que temos duas orelhas e uma boca: para ouvir mais e falar menos. Muito do que falamos é oportunidade perdida de calar. Ao nos treinarmos para falar menos, falamos melhor.     

5. Agir pela paz
Pensamentos e palavras precisam ser acompanhados da ação para mudar a realidade. Assim, precisamos efetivamente agir pela paz. Como? Ajudando a quem precisa, não revidando uma agressão, oferecendo gratidão e reconhecimento.
Na hora em que todos somos um, em que não há fronteiras (de país, de religião, do que seja), a paz é o único caminho.

6. Criar paz 
Todos somos capazes de criar paz ao nosso redor. Basta colocar a criatividade para funcionar. Basta buscar solluções levando em consideração o bem comum.
Um bom exemplo é o Yoga pela Paz – um projeto que nasceu em 2006 e que teve como finalidade unir milhares de pessoas em São Paulo para meditar pela paz, criando assim uma massa crítica com a intenção de mudar a cidade na medida em que o sentimento geral de paz projetava-se na consciência coletiva. O evento já tem data em 2007 e deverá se repetir anualmente. É assim que o desejo de paz de uma pessoa conquista outras, se transforma em realidade e faz a diferença.

7. Compartilhar paz
Além de criarmos a paz, devemos compartilhá-la – incentivar os outros a usarem os ímãs dessa abundância coletiva. Dessa forma, podemos tudo:  minimizar a fome, a miséria e, juntos, mudarmos o mundo.


Exercício: A corrente do bem

Por que não ensinar seus amigos a atrair a abundância e assim começar uma corrente do bem?

Cada elo será formado por uma pessoa feliz, realizada, rica em todos os sentidos, e que projeta toda essa energia positiva ao seu redor.

Fundadora do CIYMAM, Centro Integrado de Yoga, Meditação e Ayurveda, em São Paulo, Márcia De Luca dedica-se àquela que escolheu como sua missão: inspirar as pessoas a encontrar a totalidade, ensinando-lhes caminhos para integrar corpo, mente e espírito.
Há 31 anos dedicada aos estudos de Yoga e Ayurveda, ciências irmãs, Márcia especializou-se em Ayur-Yoga. O método une conhecimentos milenares de Ayurveda e de Yoga, potencializando os resultados de ambas as práticas e ampliando seus benefícios. Formou-se em Ayurveda pelo The Chopra Center nos Estados Unidos e ampliou seus conhecimentos com Dr. David Frawley, presidente do Instituto de Estudos Védicos dos Estados Unidos. Todos os anos visita a Índia e participa de eventos e encontros internacionais, mantendo-se permanentemente à frente do que existe de mais novo em sua área de atuação.

Márcia presta consultoria para empresas, dá palestras, workshops e cursos personalizados. Apresenta na Rádio Eldorado FM 92.7 e AM 700, de São Paulo, os boletins diários "Filosofia de Bem Viver", nos quais foca o autoconhecimento e o desenvolvimento pessoal como ferramentas para uma maior qualidade de vida.
Em 2006, juntamente com o publicitário Fran Abreu, criou o “Yoga pela Paz”. Em sua terceira versão, em 2008, o evento reuniu cerca de 20 mil pessoas e promoveu paralelamente o I Congresso Internacional de Yoga e Ayurveda, em São Paulo.


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